Ultimamente um segmento tem se destacado no mercado imobiliário: as unidades consideradas de alto padrão (avaliadas entre R$ 900 mil e R$ 1,5 milhão) ou luxo (acima de R$ 1,5 milhão).
Segundo a mais recente Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), entre setembro do ano passado e fevereiro de 2021 a venda de imóveis em São Paulo teve uma média de crescimento de 14,2% em relação ao mesmo período anterior. Nos segmentos destacados o aumento é mais do que o dobro: 32,1% e 31,3%, respectivamente.
Além dos juros baixos e da demanda reprimida que impulsionaram as vendas de imóveis em geral, os especialistas apontam que nestes segmentos, especificamente, o fato das aplicações financeiras terem se tornando menos rentáveis em razão dos juros baixos, a disparada do dólar e a queda de gastos com outros itens, como por exemplo viagens internacionais, ajudou.
“Quem tem poupança em dólar, que comprou a moeda a R$ 3, vende o dólar hoje por mais de R$ 5 e compra um imóvel antes que o preço suba mais”, analisa Basílio Jafet, presidente do Secovi-SP.
Ou seja, além do conforto de unidades maiores, com características exclusivas, requintadas e nas melhores localizações, a aquisição de imóveis de alto padrão e luxo se tornou uma excelente oportunidade de investimento, uma vez que estão mais baratos em dólar e apresentam grande perspectiva de ganho futuro!
“A pandemia fez com que as pessoas repensassem o seu modo de viver e a moradia, mesmo com toda a incerteza que ela provocou. Com isso, a demanda pela compra de imóvel começou a se mostrar maior do que a oferta. Além disso, há crédito imobiliário e os juros são baixos. Houve um alinhamento de fatores que permitiu a retomada do mercado mesmo num cenário de pandemia”, afirmou em entrevista ao Estadão Marcello Romero, CEO da Bossa Nova Sotheby’s International Realty, imobiliária especializada em imóveis de luxo, considerando que o movimento foi mais acentuado no segmento de alto padrão.