O consumidor está cada vez mais exigente em suas decisões. Com a alimentação não é diferente. A carne, por exemplo, já não é escolhida como há alguns anos. A qualidade, o sabor e a maciez devem ser diferenciados para conquistar o cliente.
Nesse contexto, um item até pouco tempo quase desconhecido hoje é decisivo: o grau de marmoreio da carne. Quanto maior, mais saborosa e macia será a carne.
Mas, afinal, o que é o marmoreio? É a quantidade de gordura entre as fibras da carne, que ganha esse nome por lembrar o desenho de uma pedra de mármore.
Durante o processo de preparo, essa gordura é derretida e influencia diretamente na suculência e lubrificação das fibras, tornando a carne mais macia e saborosa.
Nem todo gado produz o mesmo marmoreio. Sua intensidade varia de acordo com a raça e sistema de manejo. Nesse sentido o hors-concours é o Wagyu (pronuncia-se “uaguiú”), raça japonesa que produz o famoso Kobe Beef, conhecida como a “carne mais cara do mundo“.
Os diferenciais justificam o preço, que chega a ser 10 vezes maior do que o de uma carne convencional. “A qualidade se deve principalmente ao seu potencial de marmoreio que proporciona características únicas de extrema maciez, sabor e suculência, com alto valor agregado devido a toda genética, nutrição e manejo durante o processo de criação”, explica o médico veterinário Bruno de Souza Mesquita, mestre em Nutrição e Produção Animal.